ATA DA VIGÉSIMA SEGUNDA
SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA
LEGISLATURA, EM 16-12-2015.
Aos dezesseis dias do mês
de dezembro do ano de dois mil e quinze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às nove horas e
trinta e nove minutos, foi realizada a chamada, respondida por Airto Ferronato,
Clàudio Janta, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Kevin Krieger, Márcio Bins Ely,
Paulinho Motorista, Paulo Brum, Prof. Alex Fraga, Reginaldo Pujol, Sofia
Cavedon e Tarciso Flecha Negra. Constatada a existência de quórum, o Presidente
declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram Alberto
Kopittke, Carlos Casartelli, Delegado Cleiton, Dr. Goulart, Dr. Raul Fraga,
Elizandro Sabino, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, Idenir
Cecchim, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Mario Manfro, Mendes Ribeiro,
Paulinho Ruben Berta, Séfora Gomes Mota e Waldir Canal. A seguir, foi apregoado
o Memorando nº 058/15, de autoria de Engº Comassetto, informando, nos termos
dos § 6º e 7º do artigo 227 do Regimento, sua participação, no dia dezesseis de
dezembro do corrente, em audiência pública com o objetivo de debater a falta de
moradia, a ocupação de áreas urbanas e conflitos fundiários, às dez horas, no
Plenarinho do Palácio Farroupilha, em Porto Alegre. Também, foi apregoado
Requerimento de autoria de Cassio Trogildo, solicitando Licença para Tratamento
de Saúde do dia dezesseis ao dia vinte e três de dezembro do corrente, tendo o
Presidente declarado empossado na vereança o suplente Carlos Casartelli,
informando-o que integrará a Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação.
Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se Jussara Cony, Sofia Cavedon, esta duas
vezes, Reginaldo Pujol, Clàudio Janta e Lourdes Sprenger. Às dez horas e vinte
minutos, constatada a existência de quórum deliberativo, foi iniciada a ORDEM
DO DIA. Em continuidade, foi apregoada a Emenda nº 01, assinada por Paulo Brum
e Reginaldo Pujol, ao Projeto de Lei do Legislativo nº 266/15 (Processo nº
2755/15), e foi aprovado Requerimento de autoria de Paulo Brum, solicitando que
essa Emenda fosse dispensada do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Em
Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do Legislativo nº
266/15 (Processo nº 2755/15). Foi aprovada a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de
Lei do Legislativo nº 266/15. Foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº
266/15. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução nº
053/15 (Processo nº 2777/15). Após, foi apregoado o Ofício nº 129/15, de
autoria de Mauro Pinheiro, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre,
informando que Fernanda Melchionna representaria externamente este Legislativo,
no dia dezesseis de dezembro do corrente, em audiência pública com o objetivo
de debater a falta de moradia, a ocupação de áreas urbanas e conflitos
fundiários, às dez horas, no Plenarinho do Palácio Farroupilha, em Porto
Alegre. Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do
Legislativo nº 065/14 (Processo nº 0665/14), após ser discutido por Reginaldo
Pujol, Clàudio Janta e Prof. Alex Fraga. Durante a apreciação do Projeto de Lei
do Legislativo nº 065/14, Delegado Cleiton cedeu seu tempo de discussão a Clàudio
Janta. Na ocasião, foi apregoado Requerimento de autoria de Marcelo Sgarbossa,
deferido pelo Presidente, solicitando que as Emendas nos
01 e 04 apostas ao Projeto de Lei do Legislativo nº 065/14 fossem votadas destacadamente.
Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei
do Legislativo nº 065/14, por seis votos SIM e quatorze votos NÃO, após ser
encaminhada à votação por Marcelo Sgarbossa e João Carlos Nedel, em votação
nominal solicitada por Clàudio Janta, tendo votado Sim Alberto Kopittke,
Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Marcelo Sgarbossa, Prof. Alex Fraga e Sofia
Cavedon e Não Airto Ferronato, Carlos Casartelli, Dr. Goulart, Elizandro
Sabino, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Kevin
Krieger, Lourdes Sprenger, Márcio Bins Ely, Mario Manfro, Mendes Ribeiro,
Paulinho Motorista e Reginaldo Pujol. Foi votada destacadamente e aprovada a
Emenda nº 03 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 065/14, após ser
encaminhada à votação por Marcelo Sgarbossa, Alberto Kopittke, Clàudio Janta e
Prof. Alex Fraga. Na oportunidade, foi apregoado Requerimento de autoria de
Nereu D'Avila, solicitando Licença para Tratamento de Saúde nos dias dezesseis
e dezessete de dezembro do corrente. Foi votada destacadamente e aprovada a
Emenda nº 04 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 065/14, após ser
encaminhada à votação por Paulinho Ruben Berta. Foi rejeitado o Projeto de Lei
do Legislativo nº 065/14, por oito votos SIM e quatorze votos NÃO, em votação
nominal solicitada por Kevin Krieger, tendo votado Sim Alberto Kopittke,
Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dr. Cristaldo, Marcelo Sgarbossa, Prof. Alex
Fraga, Séfora Gomes Mota e Sofia Cavedon e Não Airto Ferronato, Carlos
Casartelli, Dr. Goulart, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Carlos
Nedel, Kevin Krieger, Márcio Bins Ely, Mario Manfro, Mendes Ribeiro, Paulinho
Motorista, Paulinho Ruben Berta, Reginaldo Pujol e Waldir Canal. Em Discussão
Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do Executivo nº 041/15
(Processo nº 2632/15), após ser discutido por Airto Ferronato, Sofia Cavedon,
Idenir Cecchim e Paulinho Ruben Berta. Na ocasião, foi apregoada a Emenda nº
01, assinada por Clàudio Janta, ao Projeto de Lei do Executivo nº 041/15, e foi
aprovado Requerimento de autoria de Clàudio Janta, solicitando que essa Emenda
fosse dispensada do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Também, foi
apregoado Requerimento de autoria de Clàudio Janta, deferido pelo Presidente,
solicitando que a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 041/15
fosse votada destacadamente. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº
01 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 041/15, por vinte e três votos NÃO
e uma ABSTENÇÃO, após ser encaminhada à votação por Waldir Canal, Kevin
Krieger, Clàudio Janta e Airto Ferronato, em votação nominal solicitada por
Sofia Cavedon, tendo votado Não Airto Ferronato, Alberto Kopittke, Carlos
Casartelli, Delegado Cleiton, Dr. Raul Fraga, Elizandro Sabino, Guilherme
Socias Villela, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Kevin Krieger,
Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mario Manfro, Mendes Ribeiro, Paulinho
Motorista, Paulinho Ruben Berta, Prof. Alex Fraga, Reginaldo Pujol, Séfora
Gomes Mota, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal e optado pela
Abstenção Clàudio Janta. Foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 041/15,
por vinte e cinco votos SIM, em votação nominal solicitada por Clàudio Janta,
tendo votado Airto Ferronato, Alberto Kopittke, Carlos Casartelli, Clàudio
Janta, Delegado Cleiton, Dr. Cristaldo, Dr. Raul Fraga, Elizandro Sabino,
Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Jussara Cony,
Kevin Krieger, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mario Manfro, Mendes
Ribeiro, Paulinho Motorista, Paulinho Ruben Berta, Prof. Alex Fraga, Reginaldo
Pujol, Séfora Gomes Mota, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal.
Em prosseguimento, foi aprovado Requerimento verbal formulado por Kevin
Krieger, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na
Ordem do Dia. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do
Executivo nº 028/15 (Processo nº 2162/15), após ser discutido por Elizandro
Sabino. Durante a Sessão, Tarciso Flecha Negra, Márcio Bins Ely, Jussara Cony, Sofia
Cavedon, Reginaldo Pujol, Airto Ferronato e Clàudio Janta manifestaram-se
acerca de assuntos diversos. Às
doze horas e onze minutos, constatada a inexistência de quórum, em verificação
solicitada por Reginaldo Pujol, o Presidente declarou encerrados os trabalhos,
convocando os vereadores para a sessão ordinária de hoje, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos por Paulo
Brum e Jussara Cony e secretariados por Delegado Cleiton. Do que foi lavrada a
presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo 1º
Secretário e pelo Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Cassio
Trogildo solicita Licença para Tratamento de Saúde no período de 16 a 23 de
dezembro de 2015. A Mesa declara empossado o Suplente, Ver. Carlos Casartelli,
que integrará a Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação – CUTHAB.
A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. JUSSARA
CONY: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, eu ocupo este tempo
de liderança da minha Bancada, a do PcdoB, antes de mais nada, para dizer que,
para nós, do Partido Comunista do Brasil, hoje é um dia de extrema importância,
e eu, particularmente, sou movida, ao longo da história do meu partido e ao
longo da minha história dentro do meu partido, por lutas que preenchem a minha
alma e o meu coração de alegria quando se trata da luta pela garantia de
avanços no nosso País sob todos os aspectos, não só sob o aspecto do
desenvolvimento com justiça social, não só sob o aspecto da soberania nacional,
não só sob o aspecto das inúmeras políticas públicas que, ao longo do processo
histórico deste País, o povo brasileiro lutou, mas por um dos aspectos que é o
mais caro e sem o qual, pelo seu valor humano, político, nós não teremos,
nunca, a construção de uma sociedade e de uma Nação desenvolvida e soberana,
que é o aspecto da democracia.
A democracia, para mim e para o meu partido, tem um
valor enorme. Nos 93 anos da nossa história, nós percorremos várias etapas
históricas e nunca fugimos da luta. Nesse momento histórico, nos denominamos
como o partido da cara e da coragem do povo brasileiro no enfrentamento de
diversas etapas. Na atual etapa a que chegamos, dizemos que existem dois campos
na conjuntura de hoje: o campo dos golpistas e o campo dos não golpistas,
democratas, patriotas, movimentos populares, movimentos sociais. Porque o valor
da democracia se levanta, hoje, mais alto do que tudo, e está calcado no estado
democrático de direito. O Brasil inteiro irá às ruas hoje, não com factoides,
não agredindo ninguém, inclusive a primeira mandatária da república, eleita
pela maioria do povo brasileiro. Vamos às ruas em unidade, Ver.ª Sofia,
construindo a amplitude: base para essa unidade. Unidade e amplitude que, num
tempo histórico da ditadura militar, o velho João Amazonas dizia: a bandeira da
esperança é a chave da nossa vitória! Vamos construir a unidade de todos
aqueles que querem que esse valor maior se levante para que possamos fazer o
Brasil se desenvolver ainda mais, e sem negar as conquistas, os avanços, as
dificuldades objetivas na construção de um projeto nacional de desenvolvimento,
que partiu de um momento em que a Nação brasileira estava sendo dilapidada pelo
neoliberalismo. Uma Nação cujas estatais estratégicas tinham sido entregue a
preço de banana – eu não esqueço de Fernando Henrique Cardoso e da venda da
Vale do Rio Doce.
Um momento em que a Nação, como um todo, ia às ruas
para garantir, por exemplo, diretas já num processo estratégico, na década de
1980, na reconstrução da nação e das liberdades democráticas. Há uma entrevista
da nossa maior líder nacional que temos no Rio Grande do Sul, Manoela d’Ávila,
no jornal Sul 21. Alias estou distribuindo algumas cópias a vários colegas
Vereadores de todos os campos, porque, se queremos a unidade em torno da
democracia, nós temos que trabalhar na amplitude. E é por isso que eu lancei
aqui e busco assinatura dos meus colegas Vereadores pela Frente Parlamentar em
Defesa da Democracia, do Estado Democrático de Direito.
Hoje, as ruas do Brasil mostrarão de que lado o povo brasileiro está. Sem
aporte de recursos, inclusive externos, a Nação brasileira, sem os interesses
do imperialismo, mas os interesses maiores deste povo que tem a coragem de, nos
momentos mais cruciais desta Nação, se plantar do lado certo, se colocar como
grande defensor e aval do momento que estamos vivendo.
A Presidente Dilma é
uma mulher...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
A SRA. JUSSARA
CONY: ...Não posso sair da tribuna sem dizer que, ao lado
da luta pelo Estado Democrático de Direito, está a garantia de um mandato
constitucional da Presidente Dilma, uma mulher que, a mim, orgulha, pela sua
história, pela sua firmeza, pela sua coragem e pelo seu enfrentamento hoje,
inclusive nas bases de sustentação, que, muitas vezes, pensam que o navio está
afundando – a resposta está vindo das ruas – e abandonam. A construção maior
hoje da Presidente Dilma é com a luta do povo brasileiro nas ruas. Finalizo dizendo
que, se nada ela tivesse feito nesta Nação – e muito fez –, uma coisa belíssima
ela fez: sob tortura, não entregou seus companheiros. O meu partido é muito
grato a esta atitude honrosa.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): A Ver.ª Sofia
Cavedon está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores e Sras. Vereadoras, bom dia a todos e a todas. Quero sugerir a todos
e a todas, aos telespectadores em especial, que leiam, Ver. Alex, dois textos
que constam na Carta Maior, em 30/11 e em 29/11, que são muito elucidativos do
momento da política brasileira. Ontem, assistimos à Polícia Federal na frente
de 50 espaços, prédios, apartamentos, mansões. Nada menos do que o Presidente
da Câmara Federal, com mandado de busca e apreensão e, finalmente, à tarde, para não
passar mais vergonha do que já passava, a Comissão de Ética da Câmara Federal,
por 11 votos a 9, acolheu a investigação das denúncias do delito, da mentira
contada por Eduardo Cunha, Presidente da Câmara, ao Congresso Nacional sobre os
seus milhões na Suíça. Vejam que a fala que eu fazia na segunda-feira sobre as
instituições tão fortes, aparelhadas, a Polícia Federal, o Ministério Público;
e, infelizmente é isso que tem feito o Congresso, a duras penas, dar alguns
passos no sentido de construir virtuosidade nas relações público-privadas do
Estado brasileiro.
Nesses dois textos que trago aqui, um de Saul
Leblon e outro de Jeferson Miola, dois elementos novos, diferenciados, que nós
já tratamos daqui da tribuna, a Ver.ª Jussara Cony também, da discricionaridade
do juiz Sergio Moro. E eu vou falar de temas que nos afetam também; afetam o
Partido dos Trabalhadores. Uma afirmação de Saul Leblon (Lê.): “...O sistema
político brasileiro exige muito pouco dos quadros partidários em termos de
identidade programática e coerência de princípios. Mas premia a densidade
dos vínculos com interesses tão ecumênicos quanto os que o poder do dinheiro
consegue estabelecer na sociedade. A naturalidade com o que o senador Delcídio
Amaral transitou nas últimas duas décadas da esfera do PMDB para a filiação ao
PSDB e deste para o PT, sem mudar de referências políticas, nem abdicar do seu
repertório ecumênico de apoios, é exemplar desse paradoxo. [E aí, explica:]
...Delcídio foi diretor de gás e energia da Petrobras no governo Fernando
Henrique, indicado pelo PMDB; filiou-se em seguida ao PSDB onde permaneceu até
2001; por conveniências regionais saltou então para o PT, que lhe facultou a
vaga para eleger-se senador da República pelo Mato Grosso, em 2002. Nesse
vaivém de década e meia, manteve-se fiel a um mesmo círculo de interesses
integrado entre outros pelos atuais delatores da Lava Jato, Paulo Roberto Costa
e Nestor Cerveró.”
Vejam bem, se nós pegarmos as gravações que levaram
Delcídio Amaral à cadeia, 1h35min de gravações foram coletadas e analisadas...
E aí já diz Jeferson Miola: “Tão escabroso [o que ele dizia] quanto este fato,
entretanto, é a seletividade do condomínio policial-jurídico-midiático”. E é
dessa seletividade que eu quero falar: primeiro as relações de Delcídio lá no
lá no FHC, no PMDB e depois no PT, e é preso agora em função disso. Mas, vejam
bem, nessas 1h35min a Justiça “desprezou os trechos nos quais a quadrilha
relembra a podridão e a roubalheira deles na Petrobras ainda no governo FHC.
Eles fizeram menção, por exemplo, à dinheirama depositada em bancos suíços
originada de propina que receberam da empresa Alstom em 2001 e 2002, quando
Delcídio era diretor da Petrobrás e Cerveró seu gerente. E também revelaram o
nome do personagem que a décadas usa o lobista Fernando Baiano como preposto: o
espanhol Gregório Preciado, que é casado com uma prima do senador tucano José
Serra”.
Pergunta Jeferson Miola: qual o procedimento
policial e judicial instalado para investigar esses dois...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
O
SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): A Ver.ª Sofia Cavedon prossegue a sua manifestação, a partir deste momento, para uma
Comunicação de Líder, pela oposição.
(Aparte antirregimental do Ver. João Carlos Nedel.)
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Eu não estou defendendo, ao contrário, Ver. Nedel, estou perguntando
por que não estão investigados aspectos que eu citei há pouco que são
reveladores da gênese da corrupção na Petrobras, período FHC? Continuando: “A
seletividade do condomínio policial-jurídico-midiático [é a seletividade que
nós estamos questionando!] (...) Os responsáveis pela Lava Jato na Polícia
Federal, no Ministério Público e no Judiciário simplesmente desconsideram
testemunhos, indícios e provas que implicam políticos ligados ao PSDB. Foi
assim com Pedro Barusco, o ex-gerente que confessou ter começado sua prática
delituosa na Petrobrás na década de 1990, durante o governo FHC. Diante da
confissão deste funcionário corrupto [o Barusco] que devolveu 100 milhões de
dólares roubados em 20 anos, qual a apuração da Lava Jato sobre o período FHC?
Resposta: - nenhuma!” Absolutamente nenhuma! E o que eu estou dizendo aqui não
é que não deva ter apuração do período atual, ao contrário, afirmo que isso é
muito importante é uma virtuosidade deste momento. É uma grande virtuosidade,
mas a virtuosidade não pode ser discricionária no sentido de perseguir,
criminalizar um único partido. E ontem nós vimos, sim, que finalmente a Polícia
Federal e o Ministério Público diante de tantas evidências e tantas tentativas
no Congresso Nacional de proteger um corrupto, Eduardo Cunha, agiram com força,
e nós teremos novos elementos. E diz Saul Leblon: “A verdade é que todo o
sistema partidário brasileiro funciona hoje como um biombo do poder econômico
que, através do financiamento de campanha [por empresas, que terminou],
encabrestou direções, abastardou programas, manietou governos e semeou um
arquipélago de fidelidades e acordos espúrios, unilaterais às siglas, que
despedaçam sem coesão interna [de partidos].” Exemplo: “A desenvolta atuação de
bastidores do banqueiro André Esteves [banqueiro que está preso], dono do
Pactual, com sugestiva fortuna de US$ 3 bilhões aos 43 anos de idade, ilustra a
matéria-prima de que é feita essa retaguarda [da cooptação do poder econômico
sobre os partidos e sobre os representantes do povo]. O dono do Pactual pagou a
viagem de núpcias do amigo Aécio Neves. E prometeu ser tão generoso quanto com
a família do delator Nestor Cerveró – em troca da omissão ao nome do banco na
delação premiada do ex-dirigente da Petrobras. Da reciprocidade combinada com
Aécio não há relatos, tampouco investigações, embora seja presumível [e
apareçam evidências em muitos momentos]”.
Então, eu quis trazer esses elementos,
senhores e senhoras, para dizer que eu acredito muito que um novo Brasil está
nascendo neste momento, mas há ainda muito o se que aprofundar, democratizar e
tornar transparente, porque não se trata apenas dos políticos, Ver. Airto
Ferronato, discutirmos no nosso debate, trata-se dos corruptores que estão
envolvendo dinheiro, que estão sendo presos, mas trata-se também do Judiciário.
O nosso Judiciário brasileiro ainda é uma caixa muito fechada – os seus
critérios, suas prioridades, os seus procedimentos. Passar o Brasil a limpo,
construir virtuosidade do Estado brasileiro passa pela reforma política. O
primeiro passo foi dado, eu insisto, não haverá, no ano que vem, financiamento
empresarial de campanhas. Esse passo é importante, estão evidenciados em todos
os elementos, há uma deteriorização profunda dos partidos brasileiros em função
disso, e esse passo foi dado. Primeiro, novamente, pela Justiça, como ontem,
pela Polícia Federal para depois o Congresso, depois o Congresso acolher um
processo de ética contra o seu Presidente. A questão das empresas, da mesma
forma, aliás, o Congresso resistiu. O Congresso ainda fez uma legislação
tentando recompor o financiamento empresarial. Não é de estranhar, porque
aquele Congresso, na sua maioria, é resultado e capturado pelo poder econômico.
Agora, o Judiciário ainda precisa tratar todos da mesma maneira. Há evidências
claras de que a corrupção e a origem, a gênese da corrupção na Petrobras é no
período FHC. Não é só o tema da Vale, como foi grave, é no
período FHC, são os mesmos atores daquela época, hoje presos, respondendo por
delitos. Não é possível que a Justiça continue sendo seletiva em relação a uma
investigação tão séria. Nós queremos que o País saia com a Petrobras fortalecida
e com o Estado brasileiro muito mais virtuoso para evitar a dilapidação do seu
patrimônio.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Obrigado, Vereadora. O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, nesta manhã, manhã de dezembro, nesta Casa sempre,
tradicionalmente, neste período do ano, se realiza este esforço especial, este
esforço concentrado. E veja bem que numa manhã absolutamente fora da tradição
da Casa, que sempre se reúne pela tarde, nós estamos aqui já neste momento, 22
Vereadores presentes, numa demonstração clara da responsabilidade de cada um.
Sabemos até que muitos dos Vereadores, que foram surpreendidos com esta determinação
de nos reunirmos no dia de hoje, tiveram alguma dificuldade de afastar alguns
compromissos. Eu tenho absoluta certeza que ainda, dentro de breves minutos,
deveremos ter cerca de 30 Vereadores presentes aqui no plenário, até porque
alguns, justificadamente, aqui não estão, porque já justificaram por
antecipação a sua ausência. De qualquer sorte, Sr. Presidente, nós temos aqui
pré-estabelecida uma agenda com vários projetos a serem votados no dia de hoje,
entre os quais o PLCL nº 016/15, de nossa autoria, o quinto na cronologia
estabelecida na priorização, que trata da mudança do Grupamento de Atividades,
no trecho da Estrada Gedeon Leite, na área em que está completamente em
processo de urbanização.
E é evidente que, quando a gente fala em alteração
do Grupamento de Atividades, isso faz com que as pessoas fiquem com algum tipo
de preocupação. Eu quero acentuar, já antecipando aos colegas Vereadores, a
quem vou pedir o apoio, que a alteração que se processa pelo projeto não altera
em nada as atividades que são permitidas atualmente e que um dos lados da
Estrada vai ficar predominantemente residencial, como já é no dia de hoje, e o
lado direito vai ficar residencial mista. As atividades que já são permitidas
hoje serão em ambos os lados da área, só que, com a mudança, o porte vai se
alterar. Por exemplo, com relação ao comércio varejista, eram permitidas
unidades que não ultrapassassem 200 metros quadrados de área ocupada, passam a
ser maior, pode ser de 1.000, 1.500 metros. Isso, evidentemente, possibilita
que o porte dos que vão ali se estabelecer atendam à demanda segura dos novos
loteamentos que já surgiram ali e que estão em implantação, já com a
urbanização complementada. Dentro em breve, começarão a construção de
residências para ocuparem os lotes, e as pessoas terão oportunidade de dispor,
nas proximidades das suas residências, do atendimento às mínimas coisas que o
cotidiano está a exigir: os produtos de alimentação, os produtos de limpeza
doméstica, enfim, o que o cotidiano nos impõe e que hoje, numa cidade como
Porto Alegre, vai do gás da cozinha até a possibilidade do recolhimento
permanente do lixo gerado diariamente pelas atividades normais que uma
residência mantém. Eu saliento que essa área fica vinculada a um loteamento já
em processo de implantação, por isso a modificação pretendida. Ainda que
simples, poderá evidentemente preocupar alguns dos colegas, motivo pelo qual
estou esclarecendo desde já que apenas houve mudança do agrupamento de
atividades: uma vai continuar a ser predominantemente residencial e a outra
será mista, possibilitando a alteração de porte das atividades que ali vão se
instalar, e as mesmas atividades permitidas de um lado serão permitidas no
outro, só que de um lado com um porte bem menor do que no outro. Agradeço a possibilidade
que tivemos agora de nos manifestar sobre o assunto, que será ainda no dia de
hoje objeto da nossa decisão. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. TARCISO
FLECHA NEGRA: Presidente, será possível entrarmos, de imediato, na Ordem do Dia?
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Na verdade, esta Extraordinária foi para a Ordem do
Dia.
O SR. MÁRCIO
BINS ELY: Sr. Presidente, estou inscrito em Liderança, mas vou abrir mão para que
possamos entrar na Ordem do Dia, tendo em vista que temos uma série de projetos
para votar, e já temos quórum suficiente para as deliberações necessárias.
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Perfeito, renovo o apelo. Há concordância dos
demais inscritos para que possamos entrar imediatamente na Ordem do Dia? A
Extraordinária, combinada com os Líderes, era no sentido da votação dos
projetos. (Pausa.) Mantenho as inscrições, então.
O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos
assiste, como não havia quórum, pediram que nos inscrevêssemos em Liderança,
então eu vou falar, porque, se tivéssemos todos os Vereadores aqui,
automaticamente teríamos entrado na Ordem do Dia. Como alguns Vereadores
falaram em Liderança, eu me vejo no direito de falar também em Liderança, até
porque os Vereadores falaram sobre questões importantes. Parece que é a verdade
da Nação brasileira, falou-se aqui muito bem no Delcídio do Amaral, que agora
está sendo rifado; Delcídio Amaral, agora, não é do PT! Delcídio ficou 12 anos
no PT. Delcídio foi o grande articulador do PT no Senado, foi um grande líder
desse partido, foi um homem que brindou o Governo Lula na CPI do Mensalão, foi
a pessoa responsável por documentos secretos que se encontram, até hoje,
naquela CPI que o povo brasileiro não teve acesso, e que fez um relatório de
acordo com os interesses do Governo. E agora se ouve dizer que o Delcídio não é
do PT, que o Delcídio é um ser extraterrestre que saiu das fileiras do PMDB e
do PSDB e caiu lá dentro do PT, que nunca o tinham visto. Aí acordaram e
disseram: “Oh, Delcídio! O que fazes aqui?”. Assim também como acordaram e
viram brilhantemente: “Oh, Renan Calheiros! O que fazes aí?” Aí, quando
acordaram e viram, disseram: “Oh, Jader Barbalho! O que fazes ao nosso lado?”.
E, quando acordaram e viram, disseram: “Oh, Collor! O que fazes aqui com sua
Ferrari e sua Lamborghini?” Foi a escolha que fizeram. Foram os aliados que
escolheram e fizeram essa escolha: abandonaram o povo, os trabalhadores;
votaram contrariamente ao fator previdenciário, não cumpriram a política do
salário mínimo. A Presidente se diz favorável ao povo, ontem mesmo saiu
resultado da pesquisa, ela está com 9% de popularidade – baixou para 9%, e a
rejeição está lá em cima e cada vez sobe mais. Então, o Governo vem
manipulando, e manipulou novamente agora. O seu Ministro da área econômica fala
uma coisa, e o Governo não reconhece a sua orientação, e faz outras. Aí se fala
aqui do André Esteves, mas era o grande lavador do Governo. O André Esteves deu
uma lua de mel para o candidato, e o que ele deu para este Governo? Ainda
ontem, o Bumlai, que tinha um crachá livre – entrava e saía do Palácio do
Governo a hora que quisesse –, disse que ganhou empréstimos para dar dinheiro
para a campanha do partido do Governo. Agora, vão dizer que não conheciam o
Bumlai, que nunca comeram churrasco e tomaram pinga com o Bumlai. A pior coisa
que tem é renegar os seus parceiros, os seus amigos. Cristo já tinha dito a
Pedro: tu me renegarás três vezes.
Vemos muito o PT renegar os seus maiores contribuidores, parceiros,
companheiros. Renegar o Renan Calheiros, a Kátia Abreu, o Jader Barbalho e o
Collor até se compreende; agora, renegar o Delcídio do Amaral, seu líder no
Senado, renegar o Bumlai, renegar as pessoas que foram operadoras das suas
campanhas, que beneficiaram as suas campanhas? Eu quero dizer que isso
realmente parece Cícero, quando renegava e apontava, no Senado Romano; depois,
o povo, por justiça, o decapitou, porque viu que falava somente calúnias.
Não reneguem uma de suas grandes lideranças, o
Delcídio do Amaral, que, por mais de 16 anos, conduziu o seu partido. Não
joguem Delcídio do Amaral às feras. Assumam as suas lideranças! Assumam os seus
companheiros de partido! Não os reneguem, não os joguem às feras. Assumam o que
é de vocês; assumam quem operou; assumam quem fez as coisas erradas na
República. Ontem, foi dado um grande passo na República. Esperamos que sejam
dados outros longos passos e que quem está roubando os cofres públicos, quem
está mentindo para o povo brasileiro...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
(A Ver.ª Jussara Cony assume a presidência dos
trabalhos.)
A SRA.
PRESIDENTE (Jussara Cony): A Ver.ª Lourdes Sprenger está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. LOURDES
SPRENGER: Sra. Presidente, Ver.ª Jussara Cony; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores,
hoje já chegamos nesta Sessão Extraordinária com assuntos relevantes do País,
como as prisões de grandes empresários, de políticos, histórias como bem
relatou o Ver. Clàudio Janta, mas eu quero falar sobre as pedaladas fiscais que
atingem a minha categoria profissional. Nós não criamos contabilidade criativa,
nós não rasgamos o diploma universitário, os nossos cursos de extensão e
pós-graduação, a contabilidade continua sendo a mesma. O que me indigna é um
jurista dizer que as pedaladas são apenas uma manipulação contábil que não
incrimina. Como não incrimina? À medida que se colocam dados fictícios, que se
altera, que se cancelam empenhos, que se gasta sem programação financeira, que
se manipulam todos esses dados, como vamos ter a realidade dos fatos? Como
vamos apresentar esses dados para captar recursos nacionais e internacionais? É
crime, sim! E as nossas entidades estão se mobilizando a nível nacional. Ontem
eu falei com a entidade nacional, aqui no gabinete, e realmente há indignação.
Não é da nossa área de auditoria e contabilidade as tais pedaladas fiscais. Eu
quero registrar aqui que o Sr. Arno Agostinho vem de longa década trabalhando
na Secretaria da Fazenda. Foi do nosso Município, do Estado, e está lá agora, e
eu não tenho bem certeza se poderá ser chamado a se explicar, porque todos
esses dados são irreais que estão aí sendo apresentados. E nós, depois de uma
eleição, estamos vendo o que está acontecendo no País, assim como no nosso
Estado, onde R$ 650 milhões foram gastos sem empenho, acima do que era
permitido. E isso, certamente, deveria ter sido seguido a linha do Procurador,
Geraldo da Camino, onde não tinha aprovado as contas, mas a instância superior
aprovara.
Então, a minha indignação sobre o que estão
tentando anular, todos os princípios, geralmente, aceitos da Contabilidade;
quantas faculdades nacionais nós temos, quantos profissionais, quantos auditores
que atuam de forma correta e isenta. E nós vimos tentando denegrir essa
profissão, dizendo que Contabilidade criativa é aceitável, que pedalada fiscal
é aceitável. Não é não! Consideramos crime e queremos que se faça justiça sobre
todas essas fraudes, dados irreais que são divulgados em nível de Estado, em
nível nacional.
Então aqui vai o meu protesto, a minha defesa para
essa categoria profissional, que eu faço parte, que desempeno há anos, sem um
problema com isenção. E quem deve, tem que pagar, mais prisões deverão
acontecer; e as operações continuam. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
(O Ver. Paulo Brum reassume a presidência dos
trabalhos.)
A SRA. JUSSARA
CONY: Apenas um aparte, Sr. Presidente. Com todo o respeito e consideração que
eu tenho à Ver.ª Lourdes, exatamente por isso, nós queremos que tudo neste País
seja investigado. Tudo e todos ao longo da história.
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum – às 10h20min): Há quórum, passamos à
Apregoo a Emenda nº 01, de autoria dos Vereadores
Paulo Brum e Reginaldo Pujol, ao PLL nº 266/15.
Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. Paulo Brum, solicitando dispensa do envio da
Emenda nº 01 ao PLL nº 266/15 à apreciação das Comissões, para Parecer.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 2755/15 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 266/15,
de autoria da Mesa Diretora, que inclui § 6º no art. 50, §§ 5º e 6º no art.
50-F, §§ 5º e 6º no art. 50-G e § 10 no art. 50-L da Lei nº 5.811, de 8 de
dezembro de 1986 – que estabelece o Sistema de Classificação de Cargos e
Funções da Câmara Municipal de Porto Alegre e dá outras providências –, e
alterações posteriores.
Parecer
Conjunto:
- da CCJ, CEFOR, CUTHAB e CEDECONDH. Relator-Geral
Ver. Clàudio Janta: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta
dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, III, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 16-12-15.
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Em discussão o PLL nº 266/15. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação a Emenda nº 01 ao PLL nº 266/15. (Pausa.) Os Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADA.
Em votação o PLL nº
266/15. (Pausa.) Os Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 2777/15 – PROJETO DE RESOLUÇÃO
Nº 053/15, de autoria da
Mesa Diretora, que concede o Diploma Honra ao Mérito ao senhor Darwin Ribas.
Parecer
Conjunto:
- da CCJ e CECE. Relator-Geral
Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- incluído na Ordem do Dia
em 16-12-15.
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Em discussão o PR nº
053/15. (Pausa.)
A SRA. SOFIA CAVEDON: Vereador-Presidente,
quero aqui fazer o registro do mérito deste projeto ao Sr. Darwin Ribas, que
está aposentado, colega do Município no período em que eu militei como
dirigente sindical do Simpa, era da minha oposição, sempre teve um alinhamento
ideológico diferenciado do meu, mas é uma pessoa extremamente correta, preocupada
com os destinos da categoria, lutou muito por um instituto de saúde para os
municipários. Quero fazer o reconhecimento a este homem sério e votar com muita
tranquilidade.
O SR. REGINALDO PUJOL: Na mesma linha, Sr.
Presidente, o Darwin Ribas foi, por muito tempo, diretor do DEP, teve várias
atividades aqui no Município. Um homem polêmico pelas suas posições, mas,
indiscutivelmente, esta homenagem que a Casa está prestando a ele é mais do que
merecida, mais do que justificada e tem meu mais amplo apoio.
O SR. AIRTO FERRONATO: Presidente, vou
seguir na mesma linha, acolhendo o que já foi dito. Lembro que lá em 1988,
1990, o Darwin Ribas estava ativamente participando das nossas entidades de
classe aqui do Município, e depois também. É um título merecidíssimo. Portanto,
quero fazer esse registro em meu nome, em nome do Ver. Paulinho Motorista e do
PSB.
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Não há quem
queira discutir. Em votação o PR nº 053/15. (Pausa.) Os Vereadores que o
aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 0665/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 065/14, de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa,
que institui programa de incentivo e viabilização da realização de atividades
de lazer, cultura e esportes no leito de vias públicas municipais, por meio do
estabelecimento de seus trechos como Ruas de Convivência. Com Emendas nºs 01, 03 e 04.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Valter Nagelstein: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto e da Emenda nº 01;
-
da CEFOR. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela aprovação do Projeto
e da Emenda nº 01;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Delegado Cleiton: pela aprovação do Projeto e da
Emenda nº 01;
-
da CECE. Relator Ver. Dinho do Grêmio: pela aprovação do Projeto e da
Emenda nº 01;
-
da CEDECONDH. Relator Ver. João Bosco Vaz: pela aprovação do Projeto e
da Emenda nº 01;
-
da COSMAM. Relator Ver. Dr. Thiago: pela aprovação do Projeto e da
Emenda nº 01.
Observações:
- incluído na Ordem do Dia em 15-06-15;
- retirada a Emenda nº 02;
- discutiram a matéria os Vereadores Marcelo
Sgarbossa, Clàudio Janta, Idenir Cecchim, Nereu D’Avila,
Alberto Kopittke, Sofia Cavedon e João Carlos Nedel em 21-10-15;
- adiada a discussão por uma
Sessão a contar de 26-10-15;
- adiada a discussão por três
Sessões em 28-10-15.
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Em discussão o
PLL nº 065/14. (Pausa.)
Apregoo Ofício nº 129/15, de autoria da Presidência
desta Casa, informando que a Ver.ª Fernanda Melchionna representará esta Casa
na Audiência Pública destinada a debater a falta de moradia, na Assembleia
Legislativa, no dia de hoje.
O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
discutir o PLL nº 065/14.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores,
o projeto que nós vamos votar agora, o PLL nº 065/14, que já tramita na Casa há
um bom tempo, recebeu pareceres favoráveis das mais diversas Comissões, sendo
que, numa breve leitura que nós fizemos agora, verificamos que existem algumas
emendas, especialmente do Ver. Clàudio Janta – acredito que sejam as Emendas nº
03 e nº 04 –, e uma emenda também do Ver. Paulinho Motorista. Estranhamente
observamos que aqui não consta, não sei se foi retirada, a Emenda nº 02. Acho
que as emendas, no sentido amplo da palavra, têm absoluta razão de serem
colocadas, especialmente quando explicitam com mais profundidade quais as ruas
que não devem ser objeto dessa possibilidade aberta pelo projeto de lei. Essa
prática das ruas de convivência já vem sendo utilizada pelo Executivo, que tem
regras específicas para estes estabelecimentos. Eu tenho, Sr. Presidente,
apesar de que há um parecer favorável do seu colega de representação, Ver.
Valter Nagelstein, que inclusive firma a Emenda nº 01, apesar dessa colocação,
eu tenho dúvidas em relação a vários itens do projeto quanto à
constitucionalidade.
Então, Presidente, precavendo-me a respeito do que
pode ocorrer no futuro, eu não quero, de modo nenhum, dizer que, por uma
decisão minha, deixei de fazer essa advertência para a Casa. Há clara
demonstração de que a lei está determinando algumas atividades próprias do
Poder Executivo, o que poderá eventualmente, inclusive, suscitar dúvidas quanto
à sua aplicação.
Por isso, Sr. Presidente, eu estou anunciando aqui
que, cautelarmente, tenho buscado esclarecimentos no sentido de se a Emenda nº
02 foi retirada da tramitação ou não, porque não está sendo anunciada, não foi
colocada nos avulsos. Segundo, se votar, votarei a favor especificamente das
Emendas firmadas pelo Ver. Clàudio Janta e também pelo Ver. Paulinho Motorista,
alertando que a Emenda nº 01, firmada pelo Ver. Valter Nagelstein, a meu juízo,
não tem nada a ver com o objetivo inicial do projeto – ela aborda outro tipo de
assunto. E eu vou me reservar com relação ao voto; como sou a favor das
emendas, eventualmente, se aprovado o projeto, ele o será com as emendas; se as
emendas forem rejeitadas, eu tenho reforçado a minha posição de contrariedade
ao projeto. Era isso, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, eu pedi, da tribuna,
esclarecimentos, se a Emenda nº 02 foi retirada ou por que não foi anunciada.
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Foi retirada de tramitação pelo autor.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Obrigado.
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Clàudio Janta
está com a palavra para discutir o PLL nº 065/14, por cedência de tempo do Ver.
Delegado Cleiton.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente,
Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, esse projeto do Ver. Marcelo Sgarbossa, o
qual pudemos vir à tribuna defendê-lo, tem emendas que tornam o projeto mais
social e disponível à população de Porto Alegre, principalmente, aos bairros de
Porto Alegre. Como já dissemos, as emendas deixam bem claro – emenda do
Paulinho Rubem Berta diz que se excetuam vias de grande circulação ao tráfico e
ao tráfico de coletivos. A minha emenda diz que serão somente em vias e locais
dentro dos bairros e que terão como objetivo a iniciativa, as pessoas terão que
buscar esse objetivo. E o projeto fala disso. A emenda do Ver. Valter
Nagelstein, hoje Secretário, diz que as pessoas, dentro das ruas, dos bairros –
hoje são feitas várias festas: Natal, Páscoa, Dia das Crianças – procuram fazer
várias festas de convivência, e têm dificuldades em fazer o cercamento, retirar
os carros e fazer essas festas. E a emenda do Ver. Valter Nagelstein permite
ainda que as pessoas procurem fazer parcerias para ajudarem a fazer essas festas,
essas confraternizações dentro dos bairros. Em nenhum momento o projeto fala em
fechar avenidas, em fechar a Av. Assis Brasil, a Av. Aureliano Figueiredo
Pinto, a Av. Padre Cacique; em fechar vias que, tradicionalmente, já fecham nos
finais de semana para o convívio das pessoas, como a Terceira Perimetral e a
Av. Beira Rio. O projeto fala em beneficiar outras avenidas em Porto Alegre,
quando necessário, mas principalmente beneficiar os bairros de Porto Alegre, que não conseguem isso nos fins de semana.
A Central que eu
presido está fazendo, desde o dia 26 de novembro, várias festas de Natal, em
várias comunidades. Chega a fazer seis festas no sábado, seis festas no
domingo; está fazendo em dias de semana também, e tem esta dificuldade de
conseguir fechar ruas.
Neste fim de semana mesmo, sábado, eu fiz, no bairro onde moro, na Vila Margarida, duas festas, no Jardim Itu-Sabará, e tivemos dificuldades. Tivemos que fechar duas ruas com os carros dos moradores, porque há dificuldade de a EPTC atingir esse contingente, que seria ilegal. Então, o Ver. Marcelo faz este projeto permitindo que a gente use, que o Poder Público seja parceiro. E a emenda do Ver. Valter Nagelstein permite ainda que empresas, entidades e associações possam se transformar em parceiros desses moradores para fazer as suas atividades. Não se está fazendo nada absurdo aqui. Não se está propondo fechar a Érico Veríssimo, a Terceira Perimetral – volto a afirmar aqui –, a Bento Gonçalves, a Ipiranga, a Wenceslau Escobar, nenhuma grande avenida como a Cristóvão Colombo, está-se propondo que as ruas sejam espaço de convívio. Várias cidades do Interior festejam o Dia do Vizinho, o Dia do Amigo, fechando as ruas, fazendo confraternizações; fazem isso nas festas juninas. Então, o Ver. Marcelo está propondo isso, e nós encaminhamos para que se aprovem as Emendas nº 01, nº 03 e nº 04 e o projeto do Ver. Marcelo Sgarbossa. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Prof.
Alex Fraga está com a palavra para discutir o PLL nº 065/14.
O SR. PROF. ALEX FRAGA: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores e Sras. Vereadoras; bom dia, senhoras e senhores que acompanham os
nossos trabalhos na manhã de hoje. O projeto do Ver. Marcelo Sgarbossa me
trouxe, de certa forma, um pouco de nostalgia. Aos 39 anos, parei para lembrar
um pouco da minha infância, quando passava as tardes sob a tutela da minha avó,
estudava de manhã, meus pais trabalhavam durante o dia todo e eu ficava com a
minha avó no período da tarde. E a rua onde ela morava, a rua Nilo Torres, é
bem pequenininha, que fica bem perto do pé do morro da Maria da Conceição; uma
rua de 200m de extensão, e em 100m nós tínhamos uma bela pista para andar de
carrinhos de rolimã, o popular carrinho de lomba. Durante vários anos, essa foi
a atividade preferida minha e dos meus amigos. Existia, até pela dificuldade de
trânsito no local, uma certa segurança para que nós pudéssemos nos aventurar,
em alta velocidade, lomba abaixo e ao desconhecido.
Então, eu venho aqui destacar a importância que o seu
projeto tem para resgatar tais práticas que integram as crianças, estabelecem e
fortalecem os laços de amizade e de parceria entre os habitantes de uma
determinada comunidade. O seu projeto, Ver. Marcelo, dá também a possibilidade
para que locais onde não haja equipamentos públicos, como praças, parques,
áreas de lazer, de a população usar a rua onde mora para uma atividade
recreativa. Isso valoriza o local, isso permite uma maior integração entre a
comunidade e isso contribui significativamente para laços de amizade - o que,
na minha modesta opinião, pode contribuir com a diminuição da violência local.
Então,
parabéns pela iniciativa, Ver. Marcelo Sgarbossa. Estou falando também em nome
da Ver.ª Fernanda Melchionna, que está em representação externa, na Assembleia
Legislativa, representando a CEDECONDH, debatendo a questão da moradia popular.
Com certeza a Ver.ª Fernanda Melchionna, Líder do PSOL, votaria favoravelmente
ao seu projeto se aqui estivesse. Um projeto com muitos méritos e que eu
espero, sinceramente, que seja aprovado na manhã de hoje. Parabéns pela
iniciativa. Bom dia.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Apregoo e defiro o Requerimento de autoria do Ver.
Marcelo Sgarbossa, solicitando que sejam votadas em destaque as Emendas nº 01 e
nº 04 ao PLL nº 065/14.
Em votação a Emenda nº 01, destacada, ao PLL nº
065/14. (Pausa.) O Ver. Marcelo Sgarbossa está com a palavra para encaminhar a
votação da Emenda nº 01, destacada, ao PLL nº 065/14.
O SR. MARCELO
SGARBOSSA: Bom dia a todos e a todas, eu acho que a fala do Ver. Janta e do Ver.
Prof. Alex bem resumem o mérito do projeto. Eu diria, Ver. Paulinho Rubem
Berta, que este é o projeto do nosso mandato, talvez, o mais simples e o mais
simbólico. E lembrando do filme “O Gladiador”, em que César, lá na arena, dizia
“sim” ou “não” para matar os adversários, parece-me aqui a figura do Cappellari
que disse: “Matem. Matem o projeto”. Vejam a singeleza do projeto. Já foi aqui
explicado, mas eu preciso repetir. Simplesmente permite que nas ruas locais – a
emenda do Ver. Janta foi excelente, nunca pensamos em fechar grandes avenidas
ou ruas coletoras – de bairro sejam colocados dois demarcadores, incentivado
pelo próprio Executivo e que os próprios moradores coloquem, como cavaletes, enfim,
ou qualquer outra coisa, e aquela rua, como bem disse o Ver. Prof. Alex, vira
um equipamento público, todos os domingos, não só quando tem festa, festa
junina ou julina ou festa de final de ano; todos os domingos e feriados. Eu
fico pensando, se rejeitarmos o projeto, podendo aprová-lo daqui a dez anos,
quantas conexões, quantas crianças perderão a possibilidade de jogar bola,
andar de bicicleta? Quantos vizinhos perderão a possibilidade de se conhecer,
de discutir os temas da rua; quantas conexões, quantas
interações, se esta Câmara rejeitar o projeto, não estarão permitindo que a
Cidade cresça. Então, eu vejo como enorme constrangimento se os Vereadores da
base do Governo seguirem a orientação do Governo nesse caso. Vejam, eu não
consegui ver um problema, talvez o único que teria, e aí o Executivo poderia
ter feito uma emenda, é o ponto que diz que dois terços dos moradores podem
requerer, ou o próprio Executivo pode fazer o fechamento da rua permitindo o
acesso local. Ninguém vai ficar sem poder entrar em casa, sem usar o seu
automóvel, permite o acesso local. Se o problema é que esses dois terços dos
moradores vão pedir, que se fizesse uma emenda retirando, e ficaria só o
Executivo com a prerrogativa de escolher as ruas que vai fazer a restrição de tráfego
automotor. Mas nem isso, não retirou sequer essa possibilidade de empoderamento
popular. E eu acho que ela é central no projeto, porque não se quer que,
simplesmente, a rua com restrição de trânsito de veículo automotor, se quer que
as pessoas, num sentimento de pertencimento, de coesão social, demandem para
isso. Senão nós teremos lá uma rua fechada para o trânsito de veículo, rua
local de bairro e não terá pessoas na rua. Então, esse ato inicial dos próprios
moradores de fazer essa requisição, tem muito a ver com a questão da democracia
direta e do pertencimento com o local. Bom, nós estamos aqui analisando a
Emenda nº 01, de autoria do Ver. Valter Nagelstein, que fala dos parkless, aquelas extensões, aquela
retirada da vaga de veículo estacionado e faz ali uma minipraça. Nós temos um
outro projeto, não conseguimos que fosse votado neste ano, faremos no ano que
vem, que se trata dos parkless na
Cidade. Mas não vejo problemas de votarmos a Emenda. Se naquela rua de
convivência, como denominamos aqui, tiver a intenção de algum comerciante em
ocupar aquela vaga fazendo uma minipraça, melhor ainda. Nós acabamos de aprovar
aqui a lei dos food truks, e, na
oportunidade, estavam aqui os representantes da associação, comentei sobre este
projeto, acharam fantástico, porque eles teriam a possibilidade de todos os
domingos estacionar o food truck,
naquela rua interna de bairro, e aquilo já seria uma âncora para uma atividade
cultural, com gastronomia, enfim. Eu acho que não há problema, podemos aprovar
a emenda do Ver. Valter Nagelstein, existe um outro projeto tramitando que
trata desse ponto, construído com a Secretaria de Urbanismo antes de o Ver.
Valter Nagelstein assumir como Secretário, mas não vejo problema em haver parckless nessas ruas internas de
bairro, não é o centro do projeto, mas não há problema em aprovarmos. Então, faço
um pedido para que a base do Governo, que tem orientação de rejeitar o projeto,
mude de opinião e aprovemos, e vamos escutar o Prefeito. Dificilmente o
Prefeito vetará um projeto como este; provavelmente, não foi consultado sobre o
tema. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. João Carlos
Nedel está com a palavra para encaminhar a votação da
Emenda nº 01, destacada, ao PLL nº 065/14.
O SR. JOÃO CARLOS
NEDEL: Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, Porto Alegre tem uma circulação
diária de 800 mil veículos automotores; aproximadamente, 50 mil motos,
diariamente; 850 mil veículos circulam em Porto Alegre por dia. O nosso
trânsito tem problemas a todas as horas, inclusive nos fins de semana. Nós
temos mais de 500 praças em Porto Alegre, aproximadamente dez parques, onde a
população pode se exercitar. Recentemente, a Prefeitura revitalizou a praça
Visconde de Taunay, a Praça da Encol, a praça João Paulo II, aquela praça, que
eu não me recordo o nome, que fica ao lado ou defronte ao Zaffari Ipiranga, que
está uma beleza. Recentemente, a Prefeitura emitiu um decreto proibindo o
trânsito, aos sábados, todos os sábados e domingos, na Av. Edvaldo Pereira
Paiva, desde o início até a Rua Nestor Ludwig, para ser rua de convivência. A
EPTC, quando solicitada, também, se for o caso, porque ela planeja o trânsito,
permite que a rua seja fechada. Agora, obrigar em lei, desculpe, é o
engessamento da Cidade, engessamento de um trânsito que já está realmente com
inúmeras dificuldades. Nós precisamos fazer muitas obras para melhorar a
circulação do trânsito em Porto Alegre. Agora, fazer ruas de convivência, claro
que seria ótimo se não existisse esta dificuldades que nós temos, que é a
circulação de 800 mil veículos diariamente e mais 50 mil motos. Então, acho
esse projeto inadequado, vai engessar ainda mais o trânsito na nossa Cidade.
Encaminho pela bancada para votação contrária a esse projeto.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Em votação nominal,
solicitada pelo Ver. Clàudio Janta, a Emenda nº 01 ao PLL nº 065/14. (Pausa.)
(Após a apuração nominal.) REJEITADA
por 06 votos SIM e 14 votos NÃO.
Em votação a Emenda nº 03, destacada, ao PLL nº 065/14. (Pausa.) O Ver.
Marcelo Sgarbossa está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 03,
destacada, ao PLL nº 065/14, como autor.
O SR. MARCELO
SGARBOSSA: Eu já falei da
emenda anteriormente, e aqui não tem como não discutir o projeto com a emenda.
A emenda é do Ver. Janta, que acertou em limitar as ruas de convivência às ruas
internas de bairro. E aí me assustam os argumentos do Ver. Nedel, que diz que
já temos as praças. Eu fico pensando naquele pessoal da Comendador Azevedo, que
já está na quarta ou quinta edição do Festival da Boa Vizinhança – todo mês
eles se encontram, juntam mil pessoas naquela rua, e há uma praça ali perto, a
Praça Florida –, que prefere fazer a festa – eu tenho fotos aqui – na rua, com food trucks
estacionados. Mil pessoas vão ali dançar, Ver. Janta; na penúltima, houve um
baile à tarde, inúmeros casais e pessoas dançavam ali na Comendador Azevedo,
entre a Cristóvão e São Carlos. Vocês podem acessar o Facebook, coloquem Festival da Boa Vizinhança e verão fotos do que
está acontecendo em Porto Alegre. Durante junho e julho, nas festas juninas do
ano que passou, inúmeras ruas – na Cidade Baixa, em todos os bairros – foram
fechados, as pessoas pediram para fazer a manifestação na rua, mesmo havendo
praças ao lado ou próximo. Será que as pessoas, em relação a esse argumento do
Ver. Nedel, estão satisfeitas com as praças? Sim, temos muitas praças em Porto
Alegre, que bom, mas há uma demanda por ocupar a rua. Em relação à Av. Beira
Rio, Ver. Nedel – esses dias o Cecchim colocou que eu tinha algum espião dentro
da Prefeitura, ou que a Prefeitura me informava dos projetos –, nós temos um
projeto tramitando que trata do fechamento da Av. Beira Rio em toda a sua
extensão, algo que a Prefeitura está fazendo neste momento para compensar aqueles
tapumes inexplicáveis que vão do gasômetro até à Rótula das Cuias. Por
que não colocar telas? Está ali se colocando tapumes para que as pessoas não
visualizem o corte das árvores que está acontecendo neste momento na chamada,
entre aspas, revitalização da orla. E, para compensar, a Prefeitura está
deixando fechada toda a extensão da Av. Beira Rio. Eu estava ali, domingo
passado, à tarde, nessa extensão, que vai da Rótula das Cuias até o estádio
Beira-Rio, e é maravilhoso. É maravilhoso poder circular por ali sem carros
passando a 80 ou 60 quilômetros por hora ao teu lado. Então, nós temos já um
projeto – estou dizendo isso para que não se diga depois que estamos copiando
uma ideia da Prefeitura – que tramita aqui há dois anos, iríamos votar há um
mês, mas não foi possível, havia outros projetos na frente, não conseguimos
priorizar, mas está pronto para ser votado. O projeto trata de fazer aquilo que
o então Prefeito Olívio Dutra fez em 1989, fechando toda a Av. Beira Rio, em
toda a sua extensão. Infelizmente, essa gestão reduziu o espaço da população
limitando da Rótula das Cuias ao Gasômetro, um retrocesso – mais um retrocesso
desta gestão Melo, Fortunati e Fogaça. Então, eu quero dizer para o Ver. Nedel
que esses 800 mil veículos existentes na Cidade dificilmente passarão no
domingo nas ruas internas dos bairros. Se o senhor tiver um dado que mostre que
0,001% desses 800 mil veículos transitaram nas ruas internas de bairros aos
domingos, eu até acho que o nosso mandato cometeu um equívoco em apresentar um
projeto. Mas eu circulo, e o senhor também, todos nós circulamos pelas ruas
internas de bairros aos domingos e o volume de trânsito é baixíssimo. Então não
há justificativa nenhuma. Eu já escutei também do Ver. Cecchim, quando
discutimos pela primeira vez o projeto, que já existiriam ruas fechadas em
Porto Alegre, como a Av. José Bonifácio aos sábados. Bom, ali é uma feira, é
outra proposta. Então, é um apelo aqui, acabamos de rejeitar uma emenda
proposta pelo Ver. Valter Nagelstein, a decisão do Governo é, infelizmente, de
rejeitar o projeto, inclusive uma emenda do hoje Secretário, mas então
Vereador, Valter Nagelstein. Então, é com muito pesar, mas ainda torso para que
essa posição seja revertida. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 03, destacada, ao PLL nº 065/14.
O SR. ALBERTO
KOPITTKE: Caros colegas, bom dia a todos. Eu acho que a discussão sobre este
projeto é bastante significativa, de uma determinada concepção, hoje,
representada aqui pela visão do Governo Melo e Fortunati, Ver. Sgarbossa, de
que a Cidade está resolvida. Não temos problemas de convivência, Porto Alegre é
uma cidade totalmente pacífica; a comunidade, hoje, realmente usufrui o espaço
público, dia e noite; todos têm alto nível de qualidade de vida, de
tranquilidade; nós não precisamos de nada novo.
O que a base do Governo está demonstrando com a
votação deste projeto é que a atual gestão, liderada sempre pelo seu líder maior,
o Vice-Prefeito Melo – que comanda com mão de ferro a sua base, na distribuição
de cargos, dos mais de mil CCs –, não quer nada novo para Porto Alegre, podendo
fechar Porto Alegre. Aliás, imagino que nem vão concorrer à reeleição, porque
não querem discutir nada novo para a Cidade. É uma gestão que já não quer mais
ouvir ninguém que pense diferente, não quer ouvir grupos e comunidades, ideias,
sugestões; quer fechar a Cidade para si. Isso, realmente, é muito triste,
porque não estão nem dispostos ao debate. O Ver. Kevin, a quem eu faço elogios,
algumas vezes, pela postura do diálogo, infelizmente, tem praticado aqui a
patrola contra a Cidade, a patrola da maioria que não quer ouvir. O Ver. Janta
trouxe contribuições, estudou o projeto, sendo que tinha acabado de vir aqui
fazer duras críticas ao PT e a Presidente Dilma. Temos divergências sobre o
Brasil, sobre o Rio Grande do Sul e até sobre Porto Alegre, mas o Ver. Janta se
deu ao trabalho de ler o projeto e trazer contribuições. A base do Governo não
quer ler nada de diferente, não quer ouvir falar de nenhuma ideia nova que não
seja formulada pelo Sr. Melo. E aí me preocupo com esta que foi a cidade da
participação virar uma cidade que não quer ouvir ideias novas. A escolha da
base do Governo, comandada pelo Sebastião Melo, é de não ouvir ideias novas.
Quem perde não é o Ver. Marcelo. A lógica é assim, nós vamos rejeitar porque
senão ele vai se dar bem. O Ver. Marcelo já trouxe a proposta e apresentou para
a sociedade. Aliás, acho que vai se dar melhor ainda, Marcelo, podendo mostrar
como a Prefeitura é atrasada em Porto Alegre. A gente se destaca mais mostrando
como essa atual gestão não quer ouvir nada. Mas quem perde não é ele, é a
Cidade.
Então, acho uma pena esta postura de, só porque o
projeto é de autoria de um Vereador de oposição, não pode, aí não pode ouvir,
tem que rejeitar, tem que destruir, desrespeitando não só o mandato de cada um
de nós, mas a própria função desta Casa de dialogar, de pensar. Cada um de nós
aqui pode trazer uma ideia importante, mas, se quer anular o outro, se quer
destruir aquele que pensa diferente, essa não é uma cidade alinhada e preparada
para o futuro. É uma pena, Ver. Marcelo, porque o seu projeto traria novos
áreas como tantos outros aqui já apresentados, mas o Governo não quer ouvir, o
Governo não está disposto a novas ideias, porque na concepção dele 700 pessoas
mortas em Porto Alegre não tem problema, está tudo bem na nossa Cidade.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 03, destacada, ao PLL nº 065/14.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, quero fazer um apelo aos colegas. Além
da minha emenda, que determina como serão as ruas dentro dos bairros, o projeto,
no seu art. 3º, diz que a indicação do trecho da via pública como rua de
convivência caberá ao Executivo Municipal e aos munícipes. Então caberá à
Prefeitura, ou ao órgão destinado pela Prefeitura e aos moradores dessa rua. O
parágrafo único diz que, quando a iniciativa partir dos munícipes o pedido de
estabelecimento do trecho da via como rua de convivência, deverá ser instruído
com abaixo-assinado, contendo o nome completo e legível, endereço, comprovando
que a pessoa mora nessa rua e assinatura, de no mínimo, 2/3 dos moradores da
via que corresponde. Então, Ver. Nedel, se eu vou assinar, eu vou concordar que
o meu carro, durante um evento, não fique ali na rua, eu vou colocar numa rua
mais próxima, vou arrumar uma garagem do vizinho para botar o meu carro. É algo
que representa a Cidade democrática de Porto Alegre, que representa o que Porto
Alegre leva para o exterior, o que Porto Alegre leva quando vai falar do
Orçamento Participativo. Isso é uma participação popular. E o art. 4º diz que
os munícipes, as pessoas que fizerem esse abaixo-assinado, que fizerem essa
festa, seja ela de São João, de carnaval, seja ela de Natal, de Páscoa, de ano
novo, de aniversário, serão incentivados a responsabilizar-se pela colocação e
retirada da demarcação dos trechos da via, fechada para o trânsito de veículos
automotores, na base da lei. Serão incentivados; eles terão que fazer isso.
Então, eu acho que é um exemplo de democracia para a cidade de Porto Alegre. É
um exemplo não só de nós termos o OP, nós vamos ter mais um exemplo, para
quando os nossos representantes, seja da Câmara de Vereadores, seja do Conselho
do OP, seja o nosso prefeito e o vice, quando estiverem fora, falando da
questão democrática e participativa da cidade de Porto Alegre, dizer que a cidade
de Porto Alegre não só fecha o corredor de ônibus da Cascatinha e corredor da
Terceira Perimetral; não só fecha a Av. Padre Cacique aos domingos e feriados;
não só fecha o Brique da Redenção, na Av. José Bonifácio, e a Av. Edvaldo
Pereira Paiva, destinada ao lazer aos domingos, mas que a cidade de Porto
Alegre permite que as pessoas possam fechar uma rua lá na Restinga e
confraternizar com a família inteira, retirar seus carros, num abaixo-assinado,
e fazer o seu churrasco, o seu galeto, a sua pipoca, seu quentão, fazer a sua
confraternização, que possa, Ver. Nedel, as pessoas da igreja lá, na Av. Assis
Brasil, fazerem a sua festa. Não precisa ser na praça, onde as crianças estão
brincando, as pessoas estão passeando com os seus cachorros e gatos, mas que possa
ser feita numa rua ao lado da igreja, que ali possam fazer as suas quermesses.
Mas que as pessoas possam, Ver. Mario Manfro, como lá no Itu Coinma, usar as
ruas por dentro do bairro, não somente na procissão da Nossa Senhora do
Trabalho, mas que possamos fazer alguma confraternização em algumas ruas dentro
do bairro em várias datas, inclusive datas em homenagem ao bairro mesmo.
Então, eu venho pedir aos Vereadores que aprovem a
Emenda nº 03 e o projeto, que é um projeto que não interessa de quem é a autoria,
se é da situação ou da oposição, é um projeto para a cidade de Porto Alegre, é
um projeto de convívio, tirando as pessoas da frente da televisão, as crianças
da frente do videogame, as pessoas de
dentro de casa e trazendo as pessoas para a convivência. Esse projeto traz as
pessoas para rua, permitindo que os pais façam um galeto, um churrasco, um
“salchipão” e as crianças fiquem na rua jogando bola, brincando, jogando
sapata, confraternizando. É isto que esse projeto permite: que as famílias confraternizem
em Porto Alegre, que é a Cidade de todos, do Orçamento Participativo, e isso é
um exemplo de participação popular, porque exige a assinatura e exige a
participação de dois terços das pessoas das ruas que vão fazer essas festas.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Nereu D’Avila
solicita Licença para Tratamento de Saúde nos dias 16 a 17 de dezembro de 2015.
O Ver. Prof.
Alex Fraga está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 03,
destacada, ao PLL nº 065/14.
O SR. PROF. ALEX FRAGA: Bom dia, eu gostaria
de agradecer a exposição do Ver. Clàudio Janta, a qual contemplou praticamente
tudo que eu iria falar à tribuna. Essa já é uma prática presente na cidade de
Porto Alegre em várias vias urbanos, somente gostaria de destacar que existem
determinados regiões de Porto Alegre que não são contempladas com praças e
parques, principalmente em regiões em que o nível de vulnerabilidade da
população é maior, mais sensível. Essas pessoas, muitas vezes, para ocupar um
espaço público, uma praça, precisam se deslocar de grandes distâncias,
inclusive, em muitos casos, pegar transporte coletivo, pegar ônibus. Então, para a gurizada jogar um futebolzinho, eles teriam que se
deslocar a longas distâncias para confraternizar com seus amigos. Ora! Com esse
projeto nós podemos tornar a própria vizinhança um lugar mais acolhedor, que
estimule justamente a prática desportiva e, como bem frisou o Ver. Clàudio
Janta, retirando as crianças da frente da televisão. Estamos, através de uma
singela proposta, transformando a nossa Cidade em uma cidade com mais qualidade
de vida. O sedentarismo está transformando a nossa sociedade, transformando
nossos jovens em cardiopatas, em crianças obesas, com problemas socioafetivos.
Esse projeto, além de permitir que a população ocupe o espaço público, as vias
e vias secundárias – como bem foi destacado na Emenda nº 03, à qual vou votar
favoravelmente, Ver. Clàudio Janta –, permite somente em vias locais. As vias
de grande trânsito, para a tranquilidade do Ver. João Carlos Nedel, não serão
prejudicadas, porque a emenda do Ver. Janta evita os trancamentos. Ou seja, é
só rua pequena, é só rua de bairro, é para assistir àquela população e permitir
a incorporação desse espaço público às atividades de recreação, lazer e
confraternização da comunidade. Portanto, eu não poderia deixar de votar
favoravelmente a esse projeto porque é um projeto que agrega qualidade de vida
na nossa Cidade, que ultrapassa barreiras partidárias; não é um projeto de
situação ou de oposição. É um projeto de cidade, cidade saudável, viva e para
todos. E quando estamos falando aqui em cidade para todos, respeita-se o
direito de ir e vir através das vias laterais. Ninguém vai ter cerceado o
direito de andar com seu veículo pelas ruas de Porto Alegre, é só fazer um
desvio na próxima estrada, na próxima rua. Ou seja, os argumentos colocados
pelo Ver. João Carlos Nedel são extremamente frágeis, são argumentos que
favorecem a lógica de uma cidade que distancia pessoas, que favorecem os carros
em detrimento das pessoas, e, portanto, ouso discordar completamente do
ponto de vista do Vereador, e concordar com o projeto do Ver. Marcelo Sgarbossa
e com a presente Emenda nº 03 do Ver. Clàudio Janta. Eu peço que todos os Vereadores
tenham mais atenção ao que está sendo votado e votem pela Cidade. A cidade não
é feita de automóveis, a cidade é feita de seres humanos, e qualidade de vida a
esses seres humanos é o que nós precisamos sempre, e estamos aqui zelando por
isso. Bom dia.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Em votação a Emenda nº 03 ao PLL nº 065/14.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADA.
Em votação a Emenda nº 04, destacada, ao PLL nº
065/14. (Pausa.) O Ver. Paulinho Rubem Berta está com a palavra para encaminhar
a Emenda nº 04, destacada, ao PLL nº 065/14, como autor.
O SR. PAULINHO
RUBEM BERTA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, todos que nos
assistem, imprensa, funcionários, eu consegui perceber que no projeto, de certa
forma, tem algumas restrições, mas encaminhei esta emenda no sentido – acho
que, de certa forma, até está contemplada pela Emenda do Ver. Janta – de
preservar o direito das pessoas que usam o transporte coletivo nos bairros e
principalmente no centro da Cidade, preservando o direito de o coletivo não ter
que desviar de seu itinerário, o lotação também, enfim, dar esse direito às
pessoas. Eu venho de um bairro em que há 25 anos se faz uma festa anual e ali se
trocam muitas experiências, mas o projeto não pode prejudicar, de maneira
nenhuma, o direito de ir e vir das pessoas nas vias principais e nas vias onde
trafegam coletivos, as pessoas que vão aos bairros, que vão ao centro da
Cidade, que vão comprar, que vão sair, essas pessoas precisam ter esses
direitos preservados, e esse é o sentido da emenda, embora eu ache que a Emenda
nº 03 e a Emenda nº 04 se complementam, praticamente, e preservam esse direito
da Cidade e do cidadão. Então, quero dizer que, por este motivo, eu fiz esta
Emenda. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Em votação a Emenda nº 04 ao PLL nº 065/14.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADA.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Kevin
Krieger, o PLL nº 065/14. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADO por 08 votos SIM e 14 votos NÃO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 2632/15 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 041/15, que
dispõe sobre a regularização dos débitos das instituições conveniadas com o
Município ou mantidas pelo Estado e cadastradas como beneficiárias da tarifa
social no Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE), decorrentes da
prestação dos serviços de abastecimento de água e remoção de esgotos.
Parecer
Conjunto:
- da CCJ, CEFOR, CUTHAB e COSMAM. Relator-Geral
Ver. Waldir Canal: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta
dos membros da CMPA - art. 133 da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 16-12-15.
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Em discussão o PLE nº
041/15. (Pausa.) O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para discutir o PLE
nº 041/15.
O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente,
Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, na discussão desse projeto, eu vou lembrar
a todos Vereadores, essencialmente, os Vereadores da Comcreche – Ver.ª Sofia
Cavedon, Ver. Kevin Krieger, Ver. Mendes Ribeiro, Ver. Cassio Trogildo, Ver.ª
Jussara Cony, Ver. Prof. Alex Fraga –, que teremos uma reunião amanhã, na qual
convidamos todas as entidades para participarem conosco. Esse projeto tem um
fundo de participação e presença, Ver. Pujol, da Comissão das Creches. Nós definimos uma série de pontos que foram
conquistados, Ver. Paulinho, e, dentre outras questões, as creches comunitárias
pediam um Refis para a água. E o projeto tem esse viés. Além das entidades
conveniadas com a Prefeitura, o projeto avançou e traz também entidades
conveniadas com o Estado e a Prefeitura, as entidades sociais. Portanto, o
alcance do projeto é bastante amplo.
E para se ter uma ideia, esse financiamento se
viabiliza em até 180 meses. Como vai funcionar? O Refis vai cobrar 10% do valor
original, Ver. Casartelli, que significa sem juros, sem correção e sem multa.
Se uma creche ou uma entidade social estiver, por ventura, devendo R$ 5 mil,
ela vai ficar devendo apenas R$ 500,00. Se ela devesse R$ 5 mil, ela teria
juros, multa, correção monetária e isso iria para R$ 10 mil, R$ 12 mil, R$ 15
mil. E eles vão ficar devendo R$ 500,00. Sim, 10% do valor original. E a cada
mês de parcelamento ele tem um agregado de 0,39%. Portanto, para chegar a 70%
ou 80% do valor da dívida original, sem juros – repito -, sem correção e sem
multa, ele vai pagar em 180 vezes. Ele facilitou porque ele pode pagar à vista,
em cinco, seis, dez, quinze, vinte ou 180 parcelas. Portanto, é uma conquista
das entidades sociais que lutam bravamente para atingir os seus objetivos. E
vamos citar as creches conveniadas, V. Exa. conhece bem o assunto, que recebem
em torno de R$ 7,00 por aluno, fazem uma mágica para poder
atender enquanto creche e enquanto Escola Infantil, e por isso é um grande
ganho para a sociedade de Porto Alegre e para a pessoa com maior dificuldade
financeira e um ganho extraordinário para a criança da periferia de Porto
Alegre. Portanto, quero registrar aqui a importância da votação favorável ao
projeto e quero convidar a todos para que, amanhã, às 10h30min, estejam aqui no
plenário recebendo as creches conveniadas do Município de Porto Alegre.
Como é a primeira vez
que falo hoje, quero fazer a minha saudação ao Ver. Paulinho Rubem Berta, ao
Ver. Cristaldo e ao Ver. Casartelli, que estão conosco no dia de hoje. Um
abraço a todos. Votemos favoravelmente ao projeto e vamos participar amanhã das
reuniões das creches, até para expor os avanços conquistados. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): A Ver.ª Sofia
Cavedon está com a palavra para discutir o PLE nº 041/15.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores e Sras. Vereadoras, acho que o Ver. Airto nos representou. Apenas
quero dizer que é muito significativo que seja resultado do diálogo entre este
Parlamento e as instituições comunitárias conveniadas. Este é o termo. Quero,
inclusive, explicar para a nossa bancada, porque, como este projeto passou nas
Comissões Conjuntas na semana passada, ele não tramitou na Casa, o conjunto dos
Vereadores não pôde se apropriar. Ele é um Refis do DMAE. É uma facilitação;
aliás, é uma justiça que se faz com as entidades que fazem um trabalho
comunitário, de assistência social, de educação e que, por algum motivo, se
enredaram em dívidas com o DMAE. E temos que ver se não tem DMLU também, no
futuro, para construirmos sobre isso. Então, como eles já fazem o serviço, não
teria nem por que, na minha opinião, pagar taxa pública, porque os convênios
são deficitários, nós já repassamos a menos para as entidades que têm abrigo de
crianças. O recurso que passamos – o Ver. Paulinho Rubem Berta sabe – é menor
que as necessidades. Então, uma forma de o Município incrementar o seu repasse
para o trabalho seria nem cobrar taxa. Eu sou a favor de não cobrar taxa, nem
de lixo, nem de água. Por quê? Porque é uma forma de o Município indiretamente
colocar recursos, Ver. Airto, nisso nós não avançamos ainda, mas vamos avançar, espero
que avancemos, e avancemos nos valores dos recursos. Mas fazer um Refis, não
cobrar multa, juros de dívidas de instituições comunitárias é muito importante,
pelo menos isso, o mesmo tratamento que é dado para as empresas.
O Sr. Airto
Ferronato: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Muito obrigado
pelo aparte. Eu acho que a sua exposição está bastante lógica e interessante.
Está aqui o Rafael, nosso assessor do DMAE, que pode nos confirmar. Há bem
pouco tempo, foi concedido pelo DMAE a essas instituições para que paguem
aquela tarifa social, que é bem reduzida. E este projeto alcança as entidades
do Município e do Estado e talvez algumas até da União, porque é convênio aqui.
E nós alcançamos, então, a tarifa social da água, porém ficaram aqueles débitos
anteriores enormes com tarifas cheias, essas eles não conseguiram pagar,
portanto, se nós aprovarmos o Refis agora, que tem, sim, um grande mérito,
mantendo, e vamos manter a tarifa social para essas instituições, já é um
grande avanço. Obrigado pelo aparte, um abraço!
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Ver. Airto, considero avanço, sim, mas quero aqui lembrar que a tarifa
social é até determinado consumo e depois disso ela tem uma cobrança, salvo
engano meu. E, na verdade, as instituições gastam muita água e luz. Gastam
porque têm muitas crianças, muitos adolescentes, muitos idosos. Então eu quero
voltar ao tema, esse é um passo que nós estamos dando, tirando dívidas e
possibilitando pagamento.
E quero aproveitar esse minuto,
Ver. Kevin, para também valorizar a reunião que fizemos na semana passada,
reunião suprapartidária, Vereadores de vários partidos com o Vice-Prefeito
Sebastião Melo, insistindo que o Município ainda tem, sim, a possibilidade de
desembolsar a emenda popular do ano passado de 2,5, por quê? Porque esse Refis
vai favorecer a creche para pagar a dívida. Vai tirar os juros, vai tirar a
multa, porém ela terá que ter um recurso a mais. E se nós viabilizássemos a
emenda popular, se o Município viabilizasse, Ver. Paulo Brum, a emenda popular
do ano passado que está no orçamento, Ver. Alex, e que ainda não foi repassada,
quantas creches, quantas instituições, na verdade, não colocariam em dia os
seus débitos? Então, na minha opinião, é um conjunto de ajustes muito
importantes, justos e que aliviam. Eles apenas aliviam a duríssima tarefa que tem cada uma das instituições na equação das suas finanças,
fazendo o atendimento social imprescindível para a cidade de Porto Alegre.
(Não revisado
pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Idenir
Cecchim está com a palavra para discutir o PLE nº 041/15.
O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Sras.
Vereadoras, Srs. Vereadores, ontem mesmo, junto com o Ver. Villela, Ver.
Ferronato, Ver. Nedel, que é Presidente da nossa Comissão de Economia,
Finanças, Orçamento e do Mercosul, recebemos a visita do Secretário da Fazenda
do Município, Secretário Tonetto. Nós falamos do sucesso que está sendo o Refis
do ISS do Município, da quantidade de empresas – quando se pensava que seria
para grandes empresas –, são mais de 1.200 empresas que se qualificaram para
fazer o Refis municipal. São empresas que também precisaram. Imaginem as
entidades que prestam assistência para a Prefeitura terem um Refis do DMAE.
Proporcionalmente, parece pequeno, mas para essas entidades é importante. Eu
acho que esse projeto tem que ser aplaudido. Eu ouvi a nossa professora, a
Ver.ª Sofia Cavedon, elogiando, e é verdade, esse projeto não é do Governo, da
situação, é um projeto para aqueles que se dedicam a prestar serviços àqueles
que necessitam mais, e nós que olhar para essas pessoas. Para essas entidades,
nós precisamos ter um carinho especial. É o Refis do DMAE, sim. É do DMAE,
parece pequeno? Parece para alguns, mas é um importante no olhar da Prefeitura,
da Câmara Vereadores para aqueles que prestam, que se dedicam a atender as
pessoas que mais precisam na nossa Cidade. Fiz questão de fazer esse registro e
dizer que esse projeto terá uma votação unânime pelo que estou vendo, porque
atende à unanimidade aqueles que precisam da Prefeitura, que precisam da água.
E o DMAE faz esse projeto, Ver. Airto Ferronato, numa boa hora. Numa boa hora a
Prefeitura, no final do ano, acena com essa possibilidade para que ninguém fique
sem água e para que ninguém fique endividado com uma coisa que não é porque
quer atrasar. É porque essas entidades, muitas vezes, não têm como pagar. E
agora com esse Refis vão ter oportunidade de ficarem adimplentes com o
Município e de terem um próximo ano mais tranquilo. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Paulinho Ruben Berta está com a palavra para
discutir o PLE nº 041/15.
O SR. PAULINHO
RUBEN BERTA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras
e Srs. Vereadores, eu sou líder comunitário nesta Cidade há muito mais de 30
anos. Durante vinte e poucos anos, cuidei de mais de 80 e poucas crianças,
junto com um grupo de pessoas que sempre nos apoiou, sempre nos ajudou, porque,
se nós não tivermos a voluntária lá na vila, que venha para dentro de uma
creche defender essas crianças, muitas delas não têm, muitas vezes, alimentação
diária. Quando se traz aqui, através do Ver. Ferronato, um projeto dessa magnitude que, para alguns pode parecer pequeno, e
não é, todo o dinheiro que deixar de ser gasto dentro da própria instituição
comunitária, ela vai sair e não vai ter retorno dentro da entidade. Mas todo
dinheiro que permanecer, seja ele quanto for, dentro da entidade, vai se transformar
num bem coletivo para aquelas crianças e, em consequência, para aquelas
famílias. Essa é a grande realidade. Este é um grande projeto, na minha
opinião, não tem nada de pequeno, ele é um grande projeto de sensibilidade, é
um projeto que está realmente preocupado com as nossas crianças e também
preocupado com os nossos líderes comunitários nesta Cidade, que é um exército
que trabalha em função de todos da comunidade, que conhece as dificuldades do
dia a dia, muitas vezes, conduz essas creches, pessoas que administram essa
creche. Sem esta espada dessa cobrança maior dentro das entidades é favorecer
as entidades comunitárias, é favorecer as crianças, é favorecer todos que lidam
com a comunidade na cidade de Porto Alegre. Por isso eu quero dizer aqui que
para a minha alegria quero saudar a Ver.ª Sofia Cavedon pela sua posição, por
enxergar, como sempre enxergou, o alcance deste projeto; o Ver. Ferronato pela
atitude, pelo projeto e pela preocupação, Vereador. Eu sei o que é administrar
vidas de crianças, principalmente, nas entidades mais pobres da Cidade, onde,
muitas vezes, tem que se deixar de comprar o incremento do almoço, o incremento do café, do
lanche, para pagar o DMAE, para pagar despesa de água, luz, taxa de lixo, taxa
de esgoto. Tudo isso come na mesa com as crianças. E no momento em que o senhor
traz isso à Câmara de Vereadores, nessa grande parceria com o DMAE, eu quero
deixar bem claro que as lideranças comunitárias desta Cidade vão estar
aplaudindo isso e festejando essa atitude. Parabéns pelo seu projeto.
O Sr. Airto
Ferronato: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Meu caro Ver.
Paulinho, em primeiro lugar eu quero cumprimentá-lo e dizer da importância da
sua exposição quando o senhor fala do exército de pessoas que atuam
voluntariamente neste processo do olhar carinhoso para a criança de Porto
Alegre. Portanto, merece um registro aquilo que o senhor fala aqui, do nosso
exército. Por outro lado, nós, discutindo na Comissão, deferimos que faríamos,
em primeiro lugar, uma busca de Refis no DMAE; vamos estar juntos, e também já
falamos sobre isso, para uma busca de Refis e redução de tarifas, por exemplo,
da luz elétrica, da CEEE. Portanto, estamos juntos aí. Obrigado. Um abraço.
O SR. PAULINHO
RUBEN BERTA: Agradeço suas palavras. E quero dizer que tratar bem com qualidade, com
formação, com cultura, com bem-estar as crianças e adolescentes de hoje é dizer
que vamos ter uma Cidade muito mais segura no futuro para a minha família, para
a sua família e para a família de todo o mundo. Por isso parabéns pelo projeto.
Podem contar com o meu voto.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Apregoo a Emenda nº 01, de autoria do Ver. Clàudio
Janta, ao PLE nº 041/15.
Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. Clàudio Janta, solicitando dispensa do envio da
Emenda nº 01 ao PLE nº 041/15 à apreciação das Comissões, para Parecer.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
Apregoo o
Requerimento de autoria do Ver. Clàudio Janta, solicitando que seja votada em
destaque a Emenda nº 01 ao PLE nº 041/15.
Em votação a
Emenda nº 01, destacada, ao PLE nº 041/15. (Pausa.) O Ver. Waldir Canal está
com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 01, destacada, ao PLE nº
041/15.
O SR. WALDIR CANAL: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, eu vou encaminhar esse Projeto, por óbvio, favoravelmente, até
porque fui relator desse processo nessa oportunidade, mas, antes disso, eu
gostaria de dizer também que esse projeto atende, sim, às creches conveniadas,
mas não apenas elas, Ver. Ferronato, Vereadores, atende a todas as entidades
conveniadas. Há cerca de dois anos, eu tive uma conversa com o Vice-Prefeito
Melo, fui procurado por algumas entidades de acolhimento aos idosos. E isso
serve para todas as que têm esse vínculo com a Prefeitura e que, infelizmente,
por causa dessa tarifa social, por coisas antigas, estão com uma dívida
impagável, cerca de R$ 200 mil, R$ 300 mil, R$ 500 mil – por causa dessa tarifa
social que veio à conta sem eles saberem. A tarifa era social para essas
entidades, não havia pagamento, mas o DMAE passou a cobrar, veio a conta e, com
isso, o prejuízo, muitas das entidades estão escritas em dívida ativa, sendo
executada, muitas vezes, sem condições de pagar, com risco de perder os
convênios, com risco de serem incluídas como mau pagador. Para uma entidade que
trabalha com filantropia, com recursos do Governo, isso é a pior coisa que
existe. O Governo, sensível a essa situação, a essa realidade social de toda as
entidades... Quero dizer que esse projeto do Governo vem atender a uma
necessidade geral dessas entidades, tanto creches, mas também as entidades que
trabalham com idosos, escolas, enfim, é uma série de entidades que precisam
desse refinanciamento, para que possam ter idoneidade fiscal, para que possam
seguir em frente e ter o nome da sua instituição preservado, para que possam,
então, manter esses convênios, buscar mais recursos e assim poder trabalhar de
maneira digna.
Quero destacar uma parte do Parecer que diz: “O
presente projeto de lei representa notável benefício para as instituições
conveniadas com o Município ou mantida pelo Estado e cadastrado como
beneficiária da tarifa social em débito fiscal com o DMAE”. É uma oportunidade
ímpar para aqueles que se sujeitarem às suas exigências de regularizarem suas
pendências. As regras estabelecidas são negociais, isso é um avanço, é
importante. Nós tivemos aqui o refinanciamento aprovado por esta Casa para
entidades empresariais; agora nós estamos tendo esse Refis para essas entidades
sociais no sentido de fortalecer e preservar essas instituições que – caso a
caso, será analisado – poderão ter essa oportunidade de refinanciar essas
dívidas que, no caso de muitas entidades – 99% delas –, são impagáveis. Por
isso eu quero encaminhar favoravelmente e dizer que o nosso parecer foi nesse
sentido e abrange as demais entidades conveniadas, não apenas as creches. Um
abraço.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Kevin Krieger está com a palavra para encaminhar
a votação da Emenda nº 01, destacada, ao PLE nº 041/15.
O SR. KEVIN
KRIEGER: Bom dia, eu queria, Presidente, Ver. Paulo Brum, fazer um pequeno relato
da importância do projeto em seu todo, Ver. Ferronato. Nós tivemos todo o
trabalho da Comcreches ao longo deste ano entre tantas outras comissões
especiais que foram criadas, discutidas e debatidas. E essa medida do
Departamento Municipal de Água e Esgoto, sem dúvida nenhuma, é fundamental para
que as nossas entidades não governamentais, associações comunitárias, possam,
de uma vez por todas, resolver o débito que têm com o Departamento. Esse
débito, Ver.ª Sofia, sem dúvida nenhuma, não é para arrecadação de recursos
para ajudar o Governo Municipal, e, sim, para resolver um drama que bate a cada
final de mês nessas instituições que têm que pagar a conta de água do mês e
essa dívida que cada vez aumenta mais. Então, nós temos várias, são centenas de
entidades, Dr. Cristaldo, que está conosco, que atendem, hoje, crianças e
adolescentes, de alguns meses de idade até 18 anos incompletos, sem falar em
todas as entidades que atendem o serviço de convivência e fortalecimento de
vínculos de pessoas idosas, entre outros acolhimentos institucionais de pessoas
com deficiência, Ver. Paulo Brum.
Há uma gama
de entidades que prestam um excelente serviço para a nossa Cidade; por isso, eu
não tenho dúvida alguma de que todos nós, Vereadores – Ver. Tarciso, V. Exa.
tem um grande trabalho nas nossas comunidades –, aprovaremos por unanimidade
este projeto, que vai beneficiar não só as entidades, mas também as famílias,
as crianças, os adolescentes e os idosos que são atendidos por esses serviços,
fundamentais para a nossa Cidade. Eu não consigo imaginar, Ver. Reginaldo
Pujol, a nossa Cidade sem essa sociedade civil que, hoje, desempenha um papel
fundamental em Porto Alegre. Nós temos que ter muito orgulho dessas entidades.
O mínimo que podemos fazer é aprovar por unanimidade, não a liberação da dívida
– é importante salientar, Ver. Airto Ferronato –, mas os juros e as multas. O
que a entidade deve, vai pagar. Quanto aos juros e às multas, se eu não me
engano, começa em 90% o abatimento. Pagando 10% dos juros e das multas...
(Aparte
antirregimental do Ver. Airto Ferronato.)
O SR. KEVIN KRIEGER: Melhor ainda, Ver.
Ferronato. Começa em 10% do valor histórico. Que belo projeto o nosso Governo
Municipal apresenta para as nossas instituições não governamentais! Obrigado,
Ver. Ferronato, que aqui me auxilia na correção dos dados. Então, mais ainda nós
temos que fazer esse esforço para que possamos votar por unanimidade e
facilitar a vida dessas pessoas e entidades que tanto fazem pela nossa Cidade.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Cláudio Janta está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 01, destacada, ao PLE nº 041/15.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, realmente é um
projeto do Executivo que faz um ajuste social, como disse muito bem o Líder do
Governo, com as crianças e principalmente com a família, com aquele pai, com
aquela mãe que saem para trabalhar e deixam seus filhos em uma creche
conveniada, numa creche municipal, buscando a tranquilidade de seu filho estar
bem. Nós apresentamos aqui, na LOA, ampliação dessas creches. Esperamos que
isso ocorra. Temos um projeto tramitando nesta Casa buscando isso, a ampliação
do horário de atendimento dessas creches, e apresentamos uma emenda para que
isso beneficie creches que prestem serviço gratuito ou que cobrem o mínimo
possível. Todos nós, Vereadores, sabemos, o Ministério Público está
averiguando, a própria equipe da Secretaria de Educação, a FASE, entidades que
fazem cobranças absurdas, entidades conveniadas, entidades cadastradas que
fazem cobranças que vão de R$ 350,00 a R$ 500,00 – o Delegado Cleiton há pouco
me relatava algumas creches de que ele tem essa informação.
Então, nós apresentamos uma emenda que comprove a
gratuidade, que comprove que, em caso de cobrança, não seja nada abusivo, mas
que estejam dentro do que é necessário de uma creche conveniada, que já recebem
recursos do Município, recebem recursos da União, recursos do Estado e que
estejam aptas a receber esse benefício que a Prefeitura de Porto Alegre está
fazendo um grande Refis, um grande benefício para as pessoas que realmente
precisam, fazendo um grande benefício não só para as entidades conveniadas com
o Município, mas também com as entidades conveniadas com o Estado. Esperamos
também, como o Ver. Airto Ferronato disse aqui, que o Estado em contrapartida
faça isso na questão da energia elétrica. A gente sabe a dificuldade que é ser
mantenedor de uma creche. Nós temos criado a nossa central, o Senalba, que
abrange todas essas entidades, e a gente vê as dificuldades para pagamento de
seus funcionários. Várias reuniões tivemos com o Ver. Kevin Krieger, quando
estava na frente da Secretaria para discutir o pagamento das convenções, quando
chegava a época do Senalba sentar para ver os reajustes dos funcionários;
estivemos com a Secretária de Educação. Nós mesmos temos várias entidades que
têm escolinhas infantis, creches, e se vê a dificuldade que é manter uma
entidade dessas. Então a Prefeitura faz um grande ato nesse final de ano,
mandando para cá esse projeto social, esse projeto de grande revelia para a
população carente de Porto Alegre, para as famílias de Porto Alegre, que usam
as creches e as instituições infantis de nossa Capital.
Meus parabéns ao Executivo, meus parabéns ao
Ferronato, aos construtores desse projeto, que faz justiça social na cidade de
Porto Alegre. E a nossa Emenda quer só isso: que seja realmente justiça social,
que as pessoas não usem esse benefício e cobrem das pessoas abusivamente. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 01, destacada, ao PLE nº 041/15.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Meu caro Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, eu quero
agradecer ao Ver. Clàudio Janta pelas palavras que trouxe aqui, e também dizer
que contribuiu para o debate o Ver. Canal, quando ele fala que o projeto não é
apenas para a criança, é para a instituição social, alcançando idosos e outros.
Meu caro Ver. Janta, gostaria da atenção de V. Exa. pelo seguinte detalhe: a
escola infantil – as creches conveniadas, comunitárias – recebe R$ 7,56 por
criança por dia, e fornece cinco refeições diárias. Portanto, é um esforço,
como diz o Ver. Paulinho, são R$ 7,00 que as creches conveniadas recebem por
dia. E a emenda de V. Exa., meu caro Janta, diz o seguinte: “As creches
comunitárias conveniadas só receberiam esse benefício, se não cobrassem”.
Acontece que a determinação do Ministério Público, Ver. Janta, é de que, no
máximo, cada instituição – creche – pode receber em doações voluntárias dos
pais 10% do salário mínimo. Portanto, não existe mais aquela antiga cobrança
compulsória. Ontem, estava conversando, quando falávamos sobre a Comissão, meu
querido amigo, Ver. Janta, se hoje o pai quiser ir lá instituição creche dizer
irá pagar R$ 100,00 por mês porque o trabalho é bom, a instituição não pode
receber. O máximo que a instituição pode receber de doação voluntária são 10%
do salário mínimo, Ver. Séfora, isso gera entorno de oitenta e poucos reais.
Portanto, não há cobrança, o que existe é uma possibilidade de doação
voluntária de no máximo 10% do salário mínimo, que praticamente poucos pais dão
e, se nós aprovarmos a emenda de V. Exa., vamos causar um tumulto no projeto
todo. Portanto, eu gostaria de pedir a V. Exa. que retirasse a emenda, ou
recomendasse votar contrário a ela, porque nós estamos votando alguma coisa que
antes as creches até podiam cobrar um pouco, agora não podem cobrar mais.
Depois só podiam receber valor voluntário, Ver. Tarciso, e agora nem valor
voluntário podem, o máximo que se pode doar é 10% do salário mínimo. Se V. Exa.
tiver um filho em uma creche, chegar lá e disser que quer doar R$ 100,00 por
mês, eles não podem receber. Portanto esta emenda pode tumultuar e atrapalhar o
processo. Sei que V. Exa. é sensível a isso, não existe mais a possibilidade de
as creches conveniadas cobrarem.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Em votação nominal, solicitada pela Ver.ª Sofia
Cavedon, a Emenda nº 01 ao PLE 041/15. (Pausa.) (Após a apuração nominal.)...
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Presidente, dos três anos que eu estou nesta Casa eu aprendi que o
plenário pode tudo nesta Casa. Hoje mesmo eu tive uma prova disso. Eu estou
requerendo a retirada da minha emenda em função dos argumentos do Ver. Airto
Ferronato que me foram plenamente convincentes. Então eu estou requerendo a
retirada para evitar a votação, a retirada da minha emenda. Espero que os
Vereadores votem a favor da retirada.
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Perfeito. Já estão votando contrariamente à sua
emenda. Já estamos em votação, Vereador, por isso não cabe mais o requerimento
de retirada.
Apregoo o resultado: REJEITADA por 23 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
Só para esclarecer, o art. 173,
no seu § 5º, do Regimento da Casa determina que, após encerrada a discussão,
não cabe mais a retirada de emendas do projeto. Portanto, foi o que exatamente
fizemos na condução dos trabalhos desta Casa.
Em votação nominal,
solicitada pelo Ver. Clàudio Janta, o PLE nº 041/15. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADO por 25 votos SIM.
O SR. KEVIN
KRIEGER (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a alteração da ordem da
priorização de votação, para que possamos, imediatamente, passar à discussão e
votação do PLE nº 028/15. Após retornaremos à ordem normal.
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Kevin
Krieger. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 2162/15 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 028/15, que
autoriza a desafetação do antigo leito viário da Rua C, bem como das áreas
originalmente destinadas à praça e escola do Conjunto Residencial Alto
Petrópolis, onde se encontra a Vila Nova Tijuca, e antigo leito projetado da
Rua Lucas de Oliveira inserido na Vila Sossego, para fins de regularização
fundiária.
Parecer
Conjunto:
- da CCJ, CEFOR, CUTHAB e COSMAM. Relator-Geral
Ver. Cassio Trogildo: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta
dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, VIII, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 16-12-15.
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Em discussão o PLE nº
028/15. O Ver. Elizandro Sabino está com a palavra para discutir o PLE nº
028/15.
O SR. ELIZANDRO SABINO: Sr. Presidente, Ver. Paulo Brum; Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, Ver.
Pujol, é sobre a Sossego que estamos tratando aqui. Há necessidade de um
esclarecimento sobre essas duas áreas: a Vila Sossego e a Vila Nova Tijuca, que
são consolidadas. Para terem uma ideia, a Tijuca está na comunidade há 50 anos;
a Sossego, a mesma coisa, está há três, quatro décadas. Nós temos aqui uma
manifestação do Procurador municipal, e convém destacar, Ver. Tarciso, que este
projeto é uma iniciativa do Departamento Municipal de Habitação – DEMHAB, que
encaminhou ao Executivo a minuta do projeto, portanto, aceito pelo Executivo e
encaminhado para o Legislativo, para que possam, ao cabo, votar e desafetar a área. Há um
parecer referente ao PLE nº 028/15 que é profundamente esclarecedor, Ver.
Paulinho Motorista, em que a douta Procuradoria aqui da Casa se manifesta no
que diz respeito à inexistência de óbice para a tramitação do presente projeto.
Esclarece que os bens que são desafetados são aqueles de uso comum do povo, ou
comunitários, que, na sistemática da lei de parcelamento do solo, Ver. Prof.
Alex, não possuem matrícula própria, mas já possuem domínio público. O caso que
nós estamos tratando, Ver. Mendes Ribeiro, que atentamente me ouve, neste caso
aqui, é de duas comunidades consolidadas há mais de cinco décadas. As áreas a
serem desafetadas não possuem titulação, o que vai ocorrer somente após a
autorização da Câmara Municipal. O referido processo judicial de regularização
da área foi suspenso, justamente para que ocorra a aprovação da desafetação da
área. Nós hoje estamos votando a desafetação da área, que é uma medida que se
impõe, é necessária para que nós possamos dar prosseguimento ao processo de
regularização fundiária dessas duas áreas. O imóvel cuja matrícula for
desafetada vai ser unificado com as outras áreas do antigo leito do arroio
Dilúvio, gerando um único título, e assim vai ser possível fazer a
regularização, o parcelamento do solo em favor da comunidade. E, ao cabo, com a
desafetação do todo, a matrícula geral vai poder ser desmembrada,
individualizada para os moradores terem o título de propriedade, que é, na
verdade, uma valorização para o imóvel, um reconhecimento àqueles que estão lá
há tantas décadas trazendo benefícios à Cidade.
O principal a se destacar na discussão deste
projeto é que essas pessoas não pagam IPTU, não pagam impostos, não pagam
taxas, e elas querem pagar. O Município deixa de arrecadar a partir do momento
em que não regulariza, Ver. Ferronato. A regularização da Vila Sossego, da Vila
Nova Tijuca é fundamental, porque o Município passará a arrecadar, os
contribuintes passarão a contribuir e todos, obviamente, sairão beneficiados.
Nesse sentido, Srs. Vereadores, eu peço a todos a atenção para que possamos
aprovar o presente projeto. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Em votação o PLE nº 028/15. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO
O SR. REGINALDO PUJOL (Requerimento): Sr. Presidente, solicito verificação de quórum.
O
SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Visivelmente não há
quórum. Está encerrada a Ordem do Dia e os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a
Sessão às 12h11min.)
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